Textos e Indicações do Nosso Paróco

SEXO QUE VOCÊS NÃO CONHECEM

09/12/2011 09:42
   SEXO QUE VOCÊS NÃO CONHECEM PREFÁCIO   A ética sexual católica está lutando hoje com uma dupla acusação. De um lado atacam-na pela falta de atitude de vida e determinações teorizadas demais, que não são possíveis de incorporar à vida. De outro, por serem declarações dos...
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Por que os jovens abandonam a Igreja?

09/12/2011 09:42
ZP11112803 - 28-11-2011 Permalink: https://www.zenit.org/article-29296?l=portuguese Por que os jovens abandonam a Igreja? Um livro tenta entender as razões Pe. John Flynn, LC ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores...
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INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ NA CATEQUESE

 

Postado em 06/09/11, em seu Site CATEQUESE,

agora em uma versão muito mais aprofundada,

graças à colaboração do meu grande amigo

Monsenhor João Olimpio Castello Branco,

por quem sinto uma grande admiração e estima.

Obrigado Mons. João Olimpio por esta maravilhosa contribuição.

Jorge Kontovski



A Iniciação Cristã constitui uma CAMINHADA de preparação para INCORPORAR novos membros NA VIDA CRISTÃ de uma Comunidade de fé. Ela é o PERCURSO mediante o qual nos tornamos cristãos, através de uma INCLUSÃO GLOBAL NA VIDA DE FÉ. Essa INSERÇÃO é sacramental e eclesialmente expressa no Batismo, na Confirmação e na Eucaristia, que são os sinais e instrumentos litúrgicos que marcam e consagram O INÍCIO da vida cristã. O Batismo, a Crisma e a Eucaristia são os três sacramentos da Iniciação à VIDA Cristã, os quais FAZEM PARTE de um ROTEIRO (CONVERSÃO – mudança de rumo) para o MERGULHO completo (COMUNHÃO – envolvimento pessoal) e comprometido eclesial e socialmente (COMPROMISSO) com o mistério pascal de Jesus Cristo, por causa e em vista do REINO DE DEUS.

A Iniciação à VIDA cristã chama-se também ITINERÁRIO, palavra que vem do latim ITER, que quer dizer CAMINHO. Antigamente, as pessoas se utilizavam de um ITINERARIUM, ou seja, de um ROTEIRO OU MAPA de viagem para realizar um caminho adequado. Esse caminho não é a estrada a ser seguida, mas deve ser entendido como O DINAMISMO do próprio andar, uma marcha, uma viagem, um seguimento.

Ora, Jesus Cristo se propõe como O CAMINHO da VIDA na VERDADE (Jo 14,6). O caminho proposto por Jesus de Nazaré nos evangelhos sinóticos e o chamado dos seus discípulos por ele mesmo vai se tornar O DISCIPULADO, que é precisamente um itinerário ou balizas de seu SEGUIMENTO. Quando Jesus afirma: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), Ele ensina que não é apenas o caminho, mas a meta do caminho, ou seja, a vida. Ele deixou bem clara a meta do mistério da sua Encarnação: “Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida em plenitude” (Jo10, 10). E Ele já baliza este caminho revelando que A VERDADE para se chegar até à vida verdadeira é o Deus PAI-IRMÃO-AMOR do seu Evangelho.

Por isso, no livro dos Atos, encontramos a expressão “SER DO CAMINHO” (At. 9,2; 24,14) par
a indicar um comportamento em conformidade com Cristo, um SEGUIMENTO do Caminho que é Jesus. Ora, Ele mesmo baliza claramente este Caminho, acentuando: “Quem quiser ser meu DISCÍPULO (isto é SEGUIDOR), renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Lc 14, 33+27). E nós sabemos pelo livro dos Atos dos Apóstolos que um dos modos de explicar que a Igreja era a Comunidade dos Discípulos SEGUIDORES de Jesus foi chamá-la de O CAMINHO. E assim é que os discípulos de Jesus Cristo eram identificados como sendo “os do Caminho”.

Paulo dá testemunho de sua fé cristã, ao fazer diante de seus acusadores a sua defesa, confessando ter sido antigamente perseguidor dos cristãos, Isto é, aqueles que assumiam este caminho: “Persegui até a morte este caminho (Atos 22,4) Fica claro, então, que o Evangelho era neste mundo um movimento humano, um mobilizador de gente, um encaminhamento de pessoas. A palavra “O Caminho” supõe uma adesão consciente, livre e amorosa da fé no PAI de Jesus Cristo, nele como seu FILHO e nosso IRMÃO e também no seu ESPÍRITO DE AMOR. Se ser cristão é um seguir O Caminho, que é Jesus Cristo, então entende-se que deva haver uma iniciação para se fazer este caminho, como acontece com quem quer dirigir um veículo para rodar pelas estradas. Assim como os aprendizes de motorista devem fazer a auto-escola, aprendendo a dirigir já dirigindo, assim também hoje se precisa promover a iniciação à vida cristã, oferecendo condições de seguimento àqueles que querem se CONVERTER, dando as costas para seus caminhos anteriores, para passar a conviver com Cristo, entrando em COMUNHÃO com ele, e para dar testemunho a favor dele, assumindo o COMPROMISSO de fé no Cristo, na Igreja e no mundo.


Se a vida do cristão no mundo não for o resultado de uma CONVERSÃO, de uma COMUNHÃO e de um COMPROMISSO em sua relação com Jesus Cristo, portanto, um ato de fé de convicção, de convivência e de testemunho, o mesmo cristão poderá patinar nas estradas esburacadas e lamacentas desta terra e cair na tentação do ter, do poder e do prazer, onde o ser humano tenta salvar sua vida mortal, satisfazendo suas próprias ambições e suas necessidades egoístas.

A Iniciação Catequética, no CATECUMENATO do início do Cristianismo, na Comunidade Eclesial nascente, era antes de tudo litúrgica, celebrativa, cultual. Isto significa que o Catecúmeno, palavra da língua grega, que significa aquele que ia ser iniciado, participava de celebrações litúrgicas, sobretudo da liturgia da Palavra da Missa. Depois do culto, ele era ajudado a compreender a PALAVRA, que lhe tocara o coração. Quando amadurecido o suficiente, tendo dado mostras de sua conversão, de sua comunhão e de seu compromisso em Cristo, finalmente, numa determinada noite da VIGÍLIA PASCAL recebia os Sacramentos do Batismo, da Crisma e da Eucaristia. Após esta CELEBRAÇÃO SACRAMENTAL DA INICIAÇÃO CRISTÃ, o Catecúmeno continuava fielmente a participar da celebração da Eucaristia, continuando sua caminhada permanente de assimilação dos Mistérios da fé.

Assim, o Mistério continuava a ser experimentado, sobretudo na Missa, e aprofundado por um desejo crescente e inesgotável do conhecimento de Deus Pai e de seguimento do Caminho do Evangelho. Esta maneira de mergulhar no Mistério, mediante a celebração litúrgica, e de explicitar esta experiência na Catequese, é a “MISTAGOGIA”. Por meio dela, a pessoa iniciada sacramentalmente se deixa envolver pelo Mistério celebrado que lhe toca o coração e, a partir disto, se entrega a uma sincera e substanciosa vontade de conhecer e discursar sobre o que a experiência de Deus lhe proporcionou na Liturgia.


Na Iniciação à VIDA Cristã, o elemento celebrativo é anterior ao elemento discursivo. Primeiro se reza celebrando e daí é que brota o interesse de se aprofundar o conteúdo da oração, rezando-se melhor ainda. É a oração que toca o nosso mundo afetivo e nos abre ao desejo do conhecimento de Deus. O contrário não funciona. Falar teoricamente de uma realidade que não nos toca pode servir para um exame ou uma prova escolar, mas não para uma iniciação na fé, que exige um envolvimento afetivo direcionado a uma entrega confiante e total.

Tal visão apóia-se na experiência da Igreja primitiva, cujo esquema básico foi resgatado pelo Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), do Concílio Vaticano II: (Catequese catecumenal – Celebração dos sacramentos – Mistagogia). Hoje, ao contrário não só a ordem certa dos sacramentos de iniciação foi alterada, como também o PROCESSO MISTAGÓGICO praticamente desapareceu. MUITOS RECEBEM HOJE OS SACRAMENTOS NA IGREJA E AMANHÃ DESAPARECEM, aniquilando todo o processo de Iniciação à VIDA Cristã. MUITOS NÃO VOLTAM PORQUE NÃO FORAM INICIADOS AUTENTICAMENTE. Para sanar essa triste realidade que os Catequistas testemunham, a saber: o fato de muitos Catequizandos sumirem da Igreja depois de receber os Sacramentos, vale abordar aqui a LIGAÇÃO INTRÍNSECA entre os Sacramentos do Batismo, da Crisma e da Eucaristia para que não se tornem Sacramentos isolados, como acontece na prática recorrente entre nós.


“Pelos frutos se conhece a árvore” (Mt. 7, 16-17), ensinou o Catequista maior. A prática catequético-sacramentalista atual necessita ser revista porque tem apresentado notáveis dificuldades, sobretudo, no campo da PERSEVERANÇA SACRAMENTAL e, especialmente, do COMPROMISSO CRISTÃO, em ordem à construção do Reino de Deus PAI-IRMÃO-AMOR. A falta destes frutos demonstra justamente a falta de CATEQUESE CATECUMNEAL, em seus três pilares da CONVERSÃO, da COMUNHÃO e do COMPROMISSO. (ler nesta ótica Jo 1, 35-51 – “FORAM ATRÁS DE JESUS – FICARAM COM JESUS – FORAM AO ENCONTRO de Pedro e de Natanael). Quanto à falta de perseverança na prática sacramental, isto mostra a falta da MISTAGOGIA, que é o aspecto de COMUNHÃO aprofundada do Catecumenato. Para celebrar os sacramentos como momento histórico da salvação é necessário fazê-lo com consciência mudada (CONVERSÃO, com coração transformado (COMUNHÃO) e com pés e mãos ativos (COMPROMISSO).

 COMO ENFRENTAR ESTE DESAFIO?

No passado não muito longínquo, por causa de uma Liturgia sem base, sem alma e sem efeito, AS DEVOÇÕES significaram uma tentativa de Iniciação na fé. Hoje em dia, são OS NOVOS MOVIMENTOS ECLESIAIS, que tomam a dianteira do processo de Iniciação, insistindo com plena razão no anúncio querigmático e até nas etapas do catecumenato. Porém, estes movimentos iniciam substancial e quase sectariamente para si mesmos, oferecendo aos seus membros um itinerário peculiar e paralelo, carregado por vezes dos mesmos aspectos devocionais do passado.

Certamente, as devoções, sobretudo quando restauradas com base na Palavra de Deus (DEI VERBUM) e na Liturgia (SACROSSANCTUM CONCILIUM), a partir do Concílio Ecumênico Vaticano II , são um fenômeno positivo, porque parte da religiosidade do Povo de Deus com seu sexto sentido da fé cristã e com suas esperanças e decepções (LUMEN GENTIUM e GAUDIUM ET SPES) . Por isso, algumas devoções (APOSTOLADO DA ORAÇÃO – TERÇO DOS HOMENS) sempre subsistirão e irão compor com a Liturgia o caminho que conduz ao MISTÉRIO, que é Jesus Cristo. Por isso, a missão da Igreja é EVANGELIZAR A PARTIR DE JESUS CRISTO (Diretrizes Gerais da Ação da Igreja no Brasil – 2011-2015). E não esqueçamos que EVANGELIZAÇÃO é CATEQUE – LITURGIA – PASTORAL. E lembrar que a gente EVANGELIZA pelo que a gente É, pelo que a gente FAZ e pelo que a gente DIZ, pois Catequizar é SER – FAZER – ANUNCIAR(ler nesta ótica At. 1, 8 + 12-14 + 16 + 21-22).

Mas é preciso voltar às fontes da Iniciação à VIDA Cristã e beber na mais pura Tradição o método (caminho) do CATECUMENATO, que leva à CONVERSÃO, À COMUNHÃO por, com e em Cristo e ao COMPROMISSO da vida cristã de forma radical com Jesus Cristo e seu EVANGELHO, em outras palavras, com o Reino de Deus já e ainda não presente na história. Por conseguinte, é indispensável saber que:
• Iniciação à VIDA Cristã não é sinônimo de INSTRUÇÃO OU DOUTRINAÇÃO.
• Iniciação à VIDA Cristã tem tudo a ver com DISCIPULADO, a saber: seguimento do CAMINHO, que é Jesus Cristo, em busca da COMUNIDADE ECLESIAL , que é a Família dos Filhos do Pai, a Congregação dos Irmãos de Jesus e comunidade e o Povo de Deus portador do seu Espírito Santo.


• A Comunidade é o lugar da Iniciação à VIDA cristã. (Iniciação não é prática exclusiva de cristãos; outras religiões têm também suas formas de iniciação).


Vantagens da Iniciação à VIDA Cristã:
- Compreende-se a INICIAÇÃO enquanto é ITINERÁRIO ESPIRITUAL a ser assumido e perseguido = CAMINHO.
- Busca-se formar a consciência crítica cristã, promovendo a INTEGRAÇÃO E INTERAÇÃO da fé e da vida, da razão e da fé = SABEDORIA(1 Jo 5,20).
- Tende-se a uma MUDANÇA DE RUMO em vista do caminho a ser feito por etapas para penetrar sempre mais no MISTÉRIO = CONVERSÃO.
- Cresce-se no sentido de pertença e convivência na INCORPORAÇÃO pelo Batismo, a Crisma e a Eucaristia em Cristo e na Igreja = COMUNHÃO.
- Desenvolve-se a alegria de estar sempre com Jesus, de continuar a intimidade com Ele e o seu seguimento = ESPIRITUALIDADE.
- Prepara-se não só para os Sacramentos, mas para a maturidade cristã do VIVER E AGIR A PARTIR DA FÉ = COMPROMISSO.

MONS. JOÃO OLÍMPIO CASTELLO BRANCO

"O Jardineiro das FLORES do Coração de Jesus"

RUSSAS-CEARÁ

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