Liturgia

 

CELEBRAÇÃO DA FÉ
NASCIDA DA PALAVRA (CATEQUESE)
VIVIDA NO COMPROMISSO
DA LIGAÇÃO DA FÉ COM A VIDA DIARIA
PESSOAL E SOCIAL.

Jesus qualificou a si mesmo como “LUZ DO MUNDO”(Jo 8, 12). Mas, na Eucaristia, sua glória está escondida, porque a Eucaristia é MISTÉRIO DA FÉ. Ela é luz porque a Liturgia da Palavra antecede a Liturgia da Eucaristia. O Evangelho de João esclarece no capítulo 6: “A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida”
O Concílio Vaticano II quis que a MESA DA PALAVRA abrisse abundantemente aos fiéis os tesouros da Eucaristia. Porque o Cristo é quem fala, quando, na Igreja, se lê a Escritura. Mas a proclamação da Palavra deve ser feita em língua compreensível, com cuidado, com preparação, com escuta devota, silêncio meditativo, para a Palavra toque a vida e a ilumine. Os Discípulos de Emaús (Lc 24), preparados pela Palavra de Jesus na caminhada, reconheceram o  MESTRE “ao partir o pão” ou “fração do Pão”(Atos dos Apóstolos). Para mentes iluminadas e corações aquecidos os SINAIS do Pão e do Vinho da Missa falam.

Sendo MISTÉRIO DA FÉ, a Eucaristia tem vários aspectos ou dimensões:

BANQUETE ou CONVÍVIO – “Tomai e comei – bebei”(Mt 26, 26-27)

SACRIFÍCIO (Banquete-sacrifício/Ceia-sacrifício) – “Anunciamos, Senhor, a                vossa morte...”

 MEMORIAL DA PÁSCOA – “Eis o Cordeiro de Deus...”
ESCATOLOGIA ou Antecipação das Últimas Realidades – “Todas as vezes quecomemos deste Pão e bebemos deste cálice, ANUNCIAMOS, Senhor, a vossa morte, enquanto ESPERAMOS VOSSA VINDA”.Enquanto torna PRESENTE hoje  o PASSADO, a Eucaristia nos projeta para o FUTURO da última vinda do Cristo, para a Ceia Eterna do Reino do Pai, do Filho-Irmão, do Espírito Santo.

PRESENÇA REAL  - sob as espécies do pão e do vinho eucarísticos, Jesus Cristo está REALMENTE realmente presente em corpo, sangue, alma e divindade.Falar a palavra EUCARISTIA é o mesmo que dizer JESUS CRISTO substancialmente presente com a realidade de todo o seu ser de Verbo ENCARNADO.

AÇÃO DE GRAÇAS – A palavra Eucaristia significa AGRADECIMENTO – “Jesus tomou o pão, olhou par o céu, AGRADECEU...tomou o cálice...AGRADECEU...”Longe de ser um simples SIMBOLISMO, a Eucaristia é mistério da PRESENÇA REAL, por meio da qual se realiza de modo absoluto a PROMEWSSA  de Jesus de permanecer sempre conosco até o fim dos tempos.

        Os conceitos racionais e os ritos simbólicos no campo da fé – A Igreja também,desde o Renascimento, em reação ao Iluminismo e ao Modernismo com uma Teologia  neo-escolástica conceitualista, nos últimos séculos , privilegiou a racionalidade , na hora de comunicar sua mensagem salvífica.
        Os conceitos racionais e os ritos simbólicos no campo da féOra, é a própria vida da Igreja a memória viva e permanente do acontecimento salvífico, que é o Cristo Jesus, é a  Igreja que difunde e torna eficaz esse anúncio de salvação em cada geração.E ela faz isso, ao longo da história, mediante uma pluralidade de  formas, a saber: em expressões bíblicas, em símbolos e ritos litúrgicos, em testemunhos e compromissos missionários e em expressões teológicas e doutrinais.
        O emprego dessas diversas linguagens teve sempre, até o século XV-XVI, lugar de destaque na catequese, mediante expressões cultuais, pictóricas, didáticas, musicais, esculturais, poéticas, etc. Mas, desde o Renascimento, a Igreja privilegiou em sua catequese a linguagem verbal-conceitual, fazendo pouco uso da linguagem litúrgico-simbólica e quase sem nenhuma relação com a celebração litúrgica e de outras expressões tradicionais (novenas), com notável perda para a maturação e maturidade da fé da vida dos cristãos.

        A  nossa época pós-conciliar do Vaticano II (1962-1965) melhorou notavelmente o uso plural e variado das linguagens catequéticas. Mas, de fato, em alguns setores da Igreja, não é ainda estimada no seu justo valor, a capacidade dos ritos e dos símbolos para expressar a experiência da  fé e ajudar à comunicação e à interiorização da tradição eclesial.
        O Diretório Geral da Catequese de 1997 (DGC), depois de afirmar, citando a Catechesi Tradendae 23, que “a catequese é intrinsecamente unida a toda a ação litúrgica e sacramental”, reconhece que “amiúde  a prática catequética mostra vinculação fraca e fragmentária coma liturgia : limitada atenção aos sinais e ritos litúrgicos, escassa valorização das fontes litúrgicas, itinerários catequéticos pouco ou nada conectados com o ano litúrgico e presença marginal de celebrações nos itinerários da catequese” (DGC).
        Na Catequese Liturgia interativas se assume a Evangelização na missão da Igreja que “existe para evangelizar” (EN 14) “Nunca se insistirá bastante  no fato de que a evangelização  não se esgota com a pregação e o ensino da doutrina.Porque a pregação deve levar a vida: a vida natural à que dá sentido novo e à vida sobrenatural, que é purificação e elevaçãp da vida natural.E esta vida sobrenatural enontra sua expressão viva nos sete sacramentos. A evangelização desenvolve, deste modo, toda a sua riqueza quando realiza a união íntima, ou melhor, a intercomunicação jamais interrompida entre Palavra e Sacramentos.A finalidade da evangelização é precisamente a de educar na fé de tal maneira que conduza cada cristão a viver – e não a receber de modo passivo e apático – os sacramentos como verdadeirosw sacramentos na fé” (EM 47).
        O Vaticano II insistiu também na necessidade da “pregação da Palavra para o ministério dos Sacramentos”, porque os sacramentos são “sacramentos da fé que nasce e se alimenta da Palavra” (PO 4 = SC 35,2).

Mons. João Olímpio Castello Branco.

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